terça-feira, 31 de julho de 2007

fechar a época

Acabei de ler a última frase da última edição: “Hei-de voltar ao tema daqui a umas semanas. Ou uns meses dependendo do trânsito!”… são meses, desavergonhado! Mas também é bom assim. Permite uma operação de marketing do tipo reabertura (como fazem as discos). E p’ra mim é bom (re)flectir sobre os últimos meses. Como é costume, por ordem cronológica e desta vez num registo mais fotográfico.

Vappu

No primeiro de Maio, que aqui também é feriado. Vappu é o “carnaval” finlandês, (exclusivo) dos estudantes, dia nacional de bebedeira (ou dia da bebedeira nacional), ainda assim, muito longe das nossas semanas de queima. Em Rollo (outro diminutivo para Rovaniemi) uma mão cheia (sem direito a votações ou reclamações, mão cheia é a expressão para Maio) de académicos aglomeraram-se na Lordin Aukio (Praça Lordi, a antiga Sampo Keskus) e desfilaram uma porrada (uma porrada… expressão para Junho!) de ruas até à estátua do “operário” colocada na margem direita do Kemijoki uns metros a norte da Candle Bridge. Discursos políticos, espectáculo de variedades, banho e chapéu (alguns tamanhos abaixo) ao operário e está na hora da “praxe” (praxe?!!) patrocinada pelos bombeiros. Seguiu-se o tradicional pic-nic na praia (praia?!!) do outro lado do rio.
Organaizem-se! Organizem-se! Desisto...

Laranja mecânica? Nãã...

Olh'ó boné!

Praxe?!!

Feijoada brasileira (feijoada brasileira?!!)
A Finlândia não pára! É verdade. Com os feijões pretos que chegaram do Brasil, e as makkara’s finlandesas (o cozinheiro brasuca resolveu comer sozinho o salpicão português) rolou feijoada com direito à couve mineira, ao arroz de acompanhamento, à laranja, à caipirinha (cada garrafa de cachaça custa quase €10!), e à boa música! Para rematar uma aguardentezinha de Melcões! Com a devida exclusão do Miguel, do Danilo e familiares, está a concurso uma garrafita da dita para quem primeiro identificar Melcões!
Os comensais

A prova

O estado do tempo a 6 de Maio

Eurovision Song Contest
… sem comentários! Grande tenda e muitas expectativas e muita cerveja e muita gente e muita surpresa com o Tivoli cheio de sósias de Verka Serduchka.
O estado da tenda durante a actuação finn

O momento do mês
O regresso da menina do forcado! E com ela a verdadeira Primavera.
O regresso...

... da primavera!

Resto do mês (Maio)
A prototipar o último projecto do ano. O que se previa que durasse uma semana, prolongou-se por mais de duas (para mal dos pecados da menina)…O atraso ficou a dever-se ao milagre finlandês: o ritmo (lento, relaxado e “moderno”) de trabalho. Arre!, que estava a ver que me dava uma coisa.

Junho
Começou (quase) com um jantar (ceia, dadas as horas) do tipo finlandês: grelhar umas makkara’s na floresta. Organizado pelo Perttu e pela namorada, serviu para despedida de duas holandesas-estudantes de Helsínquia de visita à Lapónia. Continuamos, uns dias depois, com o mesmo tipo de refeição no meu aniversário (sim, nasci em Junho de ’76, antes do dia 6).
ponto mais baixo do sol sem desaparecer!

makkara (salsicha)!

No dia 7 (o segundo de 31 com o sol 24 horas por dia acima do horizonte na capital da Lapónia) o casal Ferreira pisava solo lapão com umas horas de atraso, mas cheios de energia para o que nos esperava: 3300 kms em 5 dias! De Rollo a Tromso, daí ao Cabo Norte, voltando a Rollo por Inari, continuando para sul até Helsínquia com passagens por Oulu, Vaasa e Rauma. Ficam aqui algumas das imagens que marcaram a aventura.
Primeira rena (ou segunda!)

Kilpisjärvi (fronteira finlandesa com Suécia e Noruega)

A caminho de Tromso (Noruega)

Vista de Tromso desde o topo da montanha em frente

Vista de Tromso desde o topo da ponte

Porto de onde zarpámos para atravessar um fiorde

Porto onde atracámos

Mudanças repentinas da meteorologia no Cabo Norte

"O" Cabo Norte

Mercado de Oulu

Praça principal em Vaasa

Rauma (património mundial)

Turku (última cidade antes de voar desde Helsínquia)

A 13 de Junho todos pisávamos solo nortenho, desta vez sem surpresas à mamã.
O que se tem passado e passará até 15 de Agosto não se enquadra no âmbito deste e-espaço. Ainda assim, destaque para as Sebastianas em geral e para os catrapum! em particular. Volto depois desse dia, de uma latitude a sul da capital da Lapónia, da capital de uma terra viking, com certeza com a clavícula recuperada! Boas férias, que Verão, nem vê-lo...